ENCONTREI ESSE TEXTO DE LUIZ CARLOS PRATES NO FACEBOOK DE UM AMIGO .
ELA E AS OUTRAS
Ela tem 48, é bonita, financeiramente independente, vive por ela mesma, não
tem companheiro. Às vezes, todavia, ela sai da carreira solo e faz um “show”
com um “artista” convidado… Deu para entender, leitora?
Ela gosta de sair sozinha, jantar fora, ir ao teatro, essas coisas. Mas como é
difícil, diz ela, uma carioca daquelas de entortar as torres da igreja.
Difícil em razão do que pensam e dizem as outras mulheres.- Ah, talvez
tenha faltado dizer que ela tem um cabelo curto, bem cortado, um estilo que
arrebata, arrebata os homens mas deixa muitas mulheres frustradas, agressivas,
ora onde já se viu uma mulher assim, isso é uma ofensa.
As mulheres, quase sempre “amigas”, dizem entre si que ela é um caso, que
deve ter alguma mágoa especial, que na verdade é uma mal-amada… Por que
mal-amada? Essa carioca costuma dizer, sem pejos, que quem a critica são as
mulheres, quem têm pena dela são as mulheres. Coitadas.
Na verdade, essa mulher provoca fúria nas outras mulheres. Ela tem coragem,
se atreve não teme ser censurada por não andar com um sujeito qualquer “tomando
conta” dela.
Uma mulher sozinha, nesta sociedade de mulheres falsamente emancipadas, é
tomada por uma mulher com problemas, afinal, segundo a maioria delas, é melhor
ser infeliz mas ter um marido.
Essa é a regra, antes infeliz com um marido do que feliz sozinha. Muito
disso é culpa das famílias, que fazem de tudo para desovar as filhas mulheres o
quanto antes. Dizem que não, que educam filhos e filhas por igual, mentira.
Se a família tem dois filhos, um guri e uma guria, e dinheiro para educar
um só, não duvide, educa o guri. A guria vai casar, é o que criminosamente
pensam. Uma mulher sozinha e que saiba onde tem a ponta do nariz, ah, que
mulher perigosa. Que charmosa!
Este ano quero que paz no meu coração