domingo, 3 de junho de 2012

 BLOG MESQUITA

OLÁ PESSOAL 

DEVIDO AO ACÚMULO DE TAREFAS ESCOLARES , FORMATURAS E DENTRE OUTRAS NÃO POSTEI . PEÇO DESCULPA A TODOS . INES.


DE INICIO VAMOS FALAR SOBRE A MARCHA DAS VADIAS ( O QUE SERÁ?????????????)

histórica

[trechos de texto de Carolina Branco, A força das Vadias, no blogueirasfeministas.org]
Em janeiro de 2011, a Universidade de Toronto registrou muitos casos de abuso sexual em mulheres no Campus. Depois dos acontecimentos, um policial orientou como medida de segurança que “mulheres evitassem se vestirem como putas para não serem vítimas”. Depois disso, 3.000 pessoas foram às ruas no Canadá protestar contra a culpabilização de mulheres envolvidas em episódios de violência sexual. Assim, nasceu o movimento internacional Slut Walk (em português Marcha das Vadias) que rapidamente se espalhou por dezenas de cidades no mundo.
Muitas vezes o q vc vê não tem o sentido q vc pensa!
Tô cansada de escutar das minhas pacientes : "Não consigo ter uma boa saude sexual porque tudo me lembra o cheiro e o toque do meu padrasto..."
Covardia! Crueldade!
Marcha das Vadias Movimento
Porque lugar de Mulher é onde a Mulher quiser! — em Três Pontas, Minas Gerais.


A breve descrição acima chama atenção para a primeira versão brasileira da Marcha das Vadias que aconteceu em julho deste ano em São Paulo. No Brasil, assim como no âmbito internacional, essa iniciativa repetiu-se em várias cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, dentre outras. Nas diversas versões destes protestos contra a violência de gênero, o termo “vadia”, foi deslocado e (re) apropriado de maneira criativa ao borrar os limites normativos que constroem a figura da “mulher estuprável”. Ao saírem às ruas, mulheres e homens ao invés de dizerem: “Cuidado para não ser estuprada”, disseram: “Não estupre!”.

Nas variantes do movimento no Brasil, além da (re) apropriação de noções rejeitadas moralmente para designar o feminino e práticas sexuais femininas, houve a incorporação de elementos populares originários de grupos muitas vezes desqualificados do ponto de vista de suas produções culturais. Nas manifestações brasileiras víamos cartazes com trechos de hinos funks como: “A buceta é minha e eu dou para quem eu quiser”. A denúncia criativa e humorada sobre relações diferenciais de poder que geram violências de gênero da Marcha das Vadias apontam, se não para uma política feminista no sentido estrito do termo, para modalidades de participação política bem próximas ao feminismo. Historicamente o debate feminista tem sido marcado por controvérsias de diversas naturezas e pela heterogeneidade de posições teóricas, políticas e de atores sociais. Justamente por essa razão, esse campo deve ser considerado um dos mais frutíferos no que diz respeito à questionamentos de ordem teórica, práticas políticas e processos naturalizadores de desigualdades sociais, sejam elas de gênero, raça/cor da pele/etnia, classe social, etária e etc. 

Marcha das Vadias de Brasília























Nesse sentido, eu arriscaria afirmar que o Movimento das Vadias ao mesmo tempo em que pauta uma prioridade política praticamente unânime dentro do feminismo, qual seja, a denuncia e o combate à violência de gênero, cria novas possibilidades de produção discursiva, práticas políticas e articulações dentro e fora do campo feminista. A marcha das vadias alavanca tanto no meio acadêmico, político e no senso comum possíveis destituições de feminismos, práticas e opiniões conservadoras. Esse processo é da maior relevância se considerarmos que ele deixa aberturas, primeiro, para a novos modos de instituir relacionalmente noções menos essencializadoras de masculino e feminino, violências e práticas sexuais.

fonte: http://marchavadiascampinas.wordpress.com/historica/


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265º CAPÍTULO – E-MAIL: trespontasparasempre@gmail.com 

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