segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Supremo confirma validade da Lei da Ficha Limpa

Supremo confirma validade da Lei da Ficha Limpa
 



DATA: 16-02-2012
Ambientalista denuncia impactos da linha
férrea da Vale em bairros de Cariacica



Flavia Bernardes


Os moradores dos bairros Sotema, Porto Santana, Aparecida, Retiro Saudoso, Nova Canaã e Flexal, em Cariacica, agora convivem com mais um impacto gerado pela ferrovia da Vale. A denúncia é do ambientalista Júnior Miranda, morador da região, que foi surpreendido com a implantação de uma “cortina” de ferro pela empresa, para dividir a ferrovia dos bairros do entorno.
“Agora, além da poluição sonora, do pó de minério, particulados e o impacto que a ferrovia gera no Parque Natural Municipal do Rio Itanguá, temos que conviver com essa cortina de ferro implantada por uma empresa que não realiza qualquer compensação ambiental por seus danos, visto que é poluidora constante, devido ao transporte de minério de ferro na região”, disse o ambientalista. 
Com quilômetros de extensão, a informação de Júnior Miranda é que a divisória feita de trilhos usados atravessa toda a Grande Porto de Santana: começa no bairro de Sotema, continua por Porto de Santana, Aparecida, Retiro Saudoso, Nova Canaã, até chegar em Flexal. Além disso, a divisória faz divisa com o Parque Natural Municipal do Rio Itanguá que, segundo ele, está em avançado estado de degradação. O rio está praticamente morto e a linha férrea atravessa no meio a área do manguezal, impedindo que a água do mar alcance as regiões de estuário.
“Fazer as caminhadas diárias se tornou algo triste, temos a sensação de estarmos presos pelas barras de ferro. Além disso, não há recuperação das áreas degradadas por parte da Vale, nem por parte do poder público”.
A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), como é batizada pela Vale, foi criada em 1904 no Brasil e é, segundo a mineradora, uma das mais produtivas do País, ligando as minas do Sistema Sudeste ao Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória. Está integrada à Ferrovia Centro-Atlântica e, ao todo, possui 905 km de extensão e transporta cerca de 40% da carga ferroviária brasileira.
São, em média, 70 cargueiros circulando por dia e mais de 135 milhões de toneladas de carga transportadas por ano. Desse total, 80% são formados de minério de ferro e o restante por mais de 60 diferentes tipos de produto (de carvão a produtos agrícolas).

Júnior Miranda, nascido em Vitória/ES, 48 anos de idade, Técnico em Meio Ambiente pela EEEFM-Itagiba Escobar, Paisagista pelo Institutu Gustaff Winters-Holambra/SP, Patologia Clínica pelo Colegio Nacional, Historiador popular, Ambientalista. Atualmente faz parte da Delegação do IEMA/ES, Programa de ação de Combate á desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca no Espírito Santo, PAES/ PAN-Brasil.